sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Li esta manchete hoje no Yahoo, "ONU contabiliza 57 milhões de homens a mais do que mulheres no mundo" , e pensei "Aonde estão estes homens então???". Daí resolvi ler a reportagem http://br.noticias.yahoo.com/s/20102010/48/manchetes-onu-contabiliza-57-milhoes-homens.html , pois é... acho que vou pra China ou pra Índia... Tô nos lugares errados, nada de Brasil ou Espanha!!1 ;o)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Comer, Rezar e Amar
Tenho dois posts aqui que comecei a escrever e nao terminei e, pelo menos, mais uns três que ainda não saíram para o papel (ou para a tela do computador). Sao tantas idéias que me perco nos pensamentos.
Mas, hoje, voltando do cinema, após assistir "Comer, rezar e amar" decidi que não queria escrever nenhum dos posts previamente pensados, mas que precisava falar de mim.
Meu pai tinha me dito "Raquel, este filme é a sua cara". Sim, é a minha cara e a de muitos. Com certeza vários se identificaram com algum trecho e pararam para refletir sobre algo em suas vidas. Eu aqui, como só sei de mim, lhes conto o meu filme particular.
Como Elizabeth, eu decidi libertarme do muito que eu tinha e partir para o nada. Alguns podem pensar "que muito, se vc nao tinha nada?", mas eu tinha tudo... família e amigos ao meu lado, comidinha da mamae, uma casa confortável com um quarto todo decorado à minha maneira, nenhuma preocupação de contas à pagar, roupa passada, casa super limpa,... e eu decidi largar tudo pra me encontrar. Às vezes a gente precisa sair da nossa ilha...
Madrid é qual parte? A de comer, rezar ou de amar? Não sei, talvez as três se encontrem aqui ou quiçá ainda encontre coisas em novos ou antigos, mas futuros lugares. Quem sabe não existe até uma quarta ou quinta parte? É importante cada um escrever o seu livro.
Definitivamente, tenho crescido e aprendido neste quase 1 ano, o que pouco aprendi nos outros 25.
Uma das coisas mais importantes que descobri é que, às vezes, o pouco que se sabe é muito para quem não sabe nada e que, com este pouco, você pode ajudar muita gente. Também me revelei uma ótima dona de casa, algo ao qual sempre tive aversão, mas mostra-se essencial pra qualquer homem ou mulher que queira ser de verdade independente. Cozinhar já não me dá mais medos e me traz muitos elogios. Percebi o quanto é importante tomar cuidado com pessoas e selecionar bem à quem entregar sua verdadeira amizade (mas ainda me mantenho com os 2 pés na frente e, se necessito, ponho um pé atrás; espero NUNCA precisar começar sempre com um pé atrás, para depois lançá-lo à frente). Ainda estou tentando lidar com as diferenças culturais, só que isso sem dúvidas é um novo aprendizado a cada dia, com cada pessoa que se conhece ou cada lugar que se visita. Lembro-me das classes de antropologia na faculdade (estudos sócio-economicos 3) em que o professor dizia que devíamos olhar para uma cultura sem julgá-la comparando com a sua, isso me parece tarefa quase impossível, pois se a todo momento julgamos cada indivíduo, imagina quando vivemos diante de um grupo. Mas tento me lembrar sempre destas aulas depois de cada crítica...
Aprendi a COMER, definitivamente! A quem pensa que eu voltei com a carne vermelha, pode esquecer, mas sem dúvidas aumentei meu cardápio, mas de maneira saudável e sem matar mais animais! Minha mãe sem dúvidas lembra que eu não gostava de brócolis, que hoje em dia acho que é meu prato preferido (ao menos, como a Alice me ensinou a prepará-lo), berinjela sempre tem aqui em casa também. Mel, pelo menos, uma vez ao dia entra na minha dieta e não pode faltar de jeito nenhum! Pão integral que eu sempre odiei, cereais, granola, biscoitos de aveia, abacate e muitas outras coisas! Ah, mas é claro, o chocolate continua a ser diário.
REZAR... nos meus últimos meses de Brasil, minha espiritualidade e minhas crenças, mudaram muito e começavam a crescer quando vim pra cá. Hoje, em minhas meditações diárias ao acordar, a cada dia tenho esta minha espiritualidade mais forte e se manifestando mais. E graças aos deuses, deusas, meus guias ou ao que cada um quiser dar um nome (o importante é esta energia positiva que me dá forças) consigo cada dia seguir neste meu caminho e nesta minha busca de algo ainda indecifrável, mas que irei encontrar para chegar no meu equilíbrio. Um dia, caminhando no centro da cidade do Rio, um rapaz pouco mais velho que eu, que atravessava a rua ao meu lado virou pra mim e me disse "nossa, preciso dizer que você tem uma luz muito bonita" e eu, claro, como cada um de vocês deve ter pensado ao ler isso, sorri, mas também imaginei "ai... a esta hora, neste calor, atravessando a rua no centro, alguém dando em cima de mim, não dá!" e ele lê meus pensamentos "nao estou dando em cima de você nao, só realmente precisava mesmo te dizer isso" e também sorrindo foi embora. Hoje eu vou entendendo melhor estar luz, esta energia e espero poder levá-la a outros. Gracias também a minha avó, a melhor pessoa que já conheci, e que há uns 2 anos, mais ou menos, me orientou em tudo isso.
AMAR... bem, também como a Liz do filme, primeiro preciso esquecer o que está em meu coração. Coisa difícil... é o que falta pro meu equilíbrio. E quando me equilibrar, ojalá, me desequilibre novamente.
Cada dia é uma conquista, cada dia sei mais sobre mim, cada dia descubro um novo ponto forte meu e, acompanhado, um ponto fraco; nestes, tenho procurado trabalhar firmemente. Dou mais valor à cada pessoa e, principalmente, à minha família, que sem eles não seria quem sou. À cada pessoa que ultimamente tem me agradecido por alguma ajuda ou simples palavra que dei, que primeiro, agradeça à minha família. Sabe, uma vez, após um período de discussões com meus pais, porque pra eles era muito difícil aceitar algumas das minhas decisões, aparentemente, loucas e sonhadoras (mas que pra mim sempre foram o meu chão), comecei a conversar com um sábio velhinho e comentei "não sei porque nasci numa família tão diferente de mim, é muito difícil" e ele me respondeu "quando a gente nasce num meio tão diferente da gente, é exatamente porque nesta vida, nós precisamos aprender a aceitar e, principalmente, compreender as diferenças". E aquela simples resposta fez todo o sentido pra mim e hoje eu vou tentando aprender com esta divergência de opiniões entre a minha família e eu, tentando tirar o melhor de cada coisa que me dizem e, não tenho dúvidas, que eles também tem aprendido imensamente a respeitar os, aparentemente, loucos sonhos desta filha.
E ainda estou comendo, e ainda estou rezando, e ainda estou amando... mas eu chego lá! =)
Mas, hoje, voltando do cinema, após assistir "Comer, rezar e amar" decidi que não queria escrever nenhum dos posts previamente pensados, mas que precisava falar de mim.
Meu pai tinha me dito "Raquel, este filme é a sua cara". Sim, é a minha cara e a de muitos. Com certeza vários se identificaram com algum trecho e pararam para refletir sobre algo em suas vidas. Eu aqui, como só sei de mim, lhes conto o meu filme particular.
Como Elizabeth, eu decidi libertarme do muito que eu tinha e partir para o nada. Alguns podem pensar "que muito, se vc nao tinha nada?", mas eu tinha tudo... família e amigos ao meu lado, comidinha da mamae, uma casa confortável com um quarto todo decorado à minha maneira, nenhuma preocupação de contas à pagar, roupa passada, casa super limpa,... e eu decidi largar tudo pra me encontrar. Às vezes a gente precisa sair da nossa ilha...
Madrid é qual parte? A de comer, rezar ou de amar? Não sei, talvez as três se encontrem aqui ou quiçá ainda encontre coisas em novos ou antigos, mas futuros lugares. Quem sabe não existe até uma quarta ou quinta parte? É importante cada um escrever o seu livro.
Definitivamente, tenho crescido e aprendido neste quase 1 ano, o que pouco aprendi nos outros 25.
Uma das coisas mais importantes que descobri é que, às vezes, o pouco que se sabe é muito para quem não sabe nada e que, com este pouco, você pode ajudar muita gente. Também me revelei uma ótima dona de casa, algo ao qual sempre tive aversão, mas mostra-se essencial pra qualquer homem ou mulher que queira ser de verdade independente. Cozinhar já não me dá mais medos e me traz muitos elogios. Percebi o quanto é importante tomar cuidado com pessoas e selecionar bem à quem entregar sua verdadeira amizade (mas ainda me mantenho com os 2 pés na frente e, se necessito, ponho um pé atrás; espero NUNCA precisar começar sempre com um pé atrás, para depois lançá-lo à frente). Ainda estou tentando lidar com as diferenças culturais, só que isso sem dúvidas é um novo aprendizado a cada dia, com cada pessoa que se conhece ou cada lugar que se visita. Lembro-me das classes de antropologia na faculdade (estudos sócio-economicos 3) em que o professor dizia que devíamos olhar para uma cultura sem julgá-la comparando com a sua, isso me parece tarefa quase impossível, pois se a todo momento julgamos cada indivíduo, imagina quando vivemos diante de um grupo. Mas tento me lembrar sempre destas aulas depois de cada crítica...
Aprendi a COMER, definitivamente! A quem pensa que eu voltei com a carne vermelha, pode esquecer, mas sem dúvidas aumentei meu cardápio, mas de maneira saudável e sem matar mais animais! Minha mãe sem dúvidas lembra que eu não gostava de brócolis, que hoje em dia acho que é meu prato preferido (ao menos, como a Alice me ensinou a prepará-lo), berinjela sempre tem aqui em casa também. Mel, pelo menos, uma vez ao dia entra na minha dieta e não pode faltar de jeito nenhum! Pão integral que eu sempre odiei, cereais, granola, biscoitos de aveia, abacate e muitas outras coisas! Ah, mas é claro, o chocolate continua a ser diário.
REZAR... nos meus últimos meses de Brasil, minha espiritualidade e minhas crenças, mudaram muito e começavam a crescer quando vim pra cá. Hoje, em minhas meditações diárias ao acordar, a cada dia tenho esta minha espiritualidade mais forte e se manifestando mais. E graças aos deuses, deusas, meus guias ou ao que cada um quiser dar um nome (o importante é esta energia positiva que me dá forças) consigo cada dia seguir neste meu caminho e nesta minha busca de algo ainda indecifrável, mas que irei encontrar para chegar no meu equilíbrio. Um dia, caminhando no centro da cidade do Rio, um rapaz pouco mais velho que eu, que atravessava a rua ao meu lado virou pra mim e me disse "nossa, preciso dizer que você tem uma luz muito bonita" e eu, claro, como cada um de vocês deve ter pensado ao ler isso, sorri, mas também imaginei "ai... a esta hora, neste calor, atravessando a rua no centro, alguém dando em cima de mim, não dá!" e ele lê meus pensamentos "nao estou dando em cima de você nao, só realmente precisava mesmo te dizer isso" e também sorrindo foi embora. Hoje eu vou entendendo melhor estar luz, esta energia e espero poder levá-la a outros. Gracias também a minha avó, a melhor pessoa que já conheci, e que há uns 2 anos, mais ou menos, me orientou em tudo isso.
AMAR... bem, também como a Liz do filme, primeiro preciso esquecer o que está em meu coração. Coisa difícil... é o que falta pro meu equilíbrio. E quando me equilibrar, ojalá, me desequilibre novamente.
Cada dia é uma conquista, cada dia sei mais sobre mim, cada dia descubro um novo ponto forte meu e, acompanhado, um ponto fraco; nestes, tenho procurado trabalhar firmemente. Dou mais valor à cada pessoa e, principalmente, à minha família, que sem eles não seria quem sou. À cada pessoa que ultimamente tem me agradecido por alguma ajuda ou simples palavra que dei, que primeiro, agradeça à minha família. Sabe, uma vez, após um período de discussões com meus pais, porque pra eles era muito difícil aceitar algumas das minhas decisões, aparentemente, loucas e sonhadoras (mas que pra mim sempre foram o meu chão), comecei a conversar com um sábio velhinho e comentei "não sei porque nasci numa família tão diferente de mim, é muito difícil" e ele me respondeu "quando a gente nasce num meio tão diferente da gente, é exatamente porque nesta vida, nós precisamos aprender a aceitar e, principalmente, compreender as diferenças". E aquela simples resposta fez todo o sentido pra mim e hoje eu vou tentando aprender com esta divergência de opiniões entre a minha família e eu, tentando tirar o melhor de cada coisa que me dizem e, não tenho dúvidas, que eles também tem aprendido imensamente a respeitar os, aparentemente, loucos sonhos desta filha.
E ainda estou comendo, e ainda estou rezando, e ainda estou amando... mas eu chego lá! =)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Cartola - Preciso me encontrar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Aiai... descobrindo que cantadas ordinarias nao é coisa de brasileiro e sim, dos homens em geral...
Hoje, saindo pro mercado, com o carrinho de compras, depois de me pedir informaçao, escuto (de um rapaz até guapo) ¨Es que no sabía que los monumentos también salian de compras¨. Achei algo tao tipico de brasileiro e q nao estava esperando ouvir de maneira alguma, q segui caminhando caindo na gargalhada... Ou seja, cantadinhas ordinarias é algo inato ao ser humano do sexo masculino, nao importando nacionalidade, cor, religiao,... heeeeeheh =)
Hoje, saindo pro mercado, com o carrinho de compras, depois de me pedir informaçao, escuto (de um rapaz até guapo) ¨Es que no sabía que los monumentos también salian de compras¨. Achei algo tao tipico de brasileiro e q nao estava esperando ouvir de maneira alguma, q segui caminhando caindo na gargalhada... Ou seja, cantadinhas ordinarias é algo inato ao ser humano do sexo masculino, nao importando nacionalidade, cor, religiao,... heeeeeheh =)
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Coisas que descobri sobre a Espanha ou, pelo menos, sobre Madrid:
- Nao é tao primeiro mundo assim ou, pelo menos, nao em época de crise;
- Aqui os transportes também fazem greve, vide o metro que causou o caos 2 dias sem funcionar e duas semanas funcionando a 50%;
- Quando o metro funciona perfeitamente (sem greves), vc pensa ¨realmente, nao preciso de carro!¨ e viva o meio ambiente!
- O preconceito contra imigrantes existe sim, está muito forte, pois muitos espanhóis atribuem a crise a quantidade de latinos, indianos, chineses e outras nacionalidades que estao por aqui;
- Brasileiro é uma praga, tá mesmo em todo canto do mundo e eles se atraem. Só nao somos piores que os chineses.
- É muito dificil fazer amizades com espanhóis, sao mesmo muito fechados. É mais fácil virar amiga de todos os outros latinos que há por aqui se a intencao for praticar espanhol.
- O inverno é muito frio e o verao é ainda pior, quase me faz desejar de novo o inverno;
- Ai... isso eu já sabia, mas é uma dádiva tao grande do verao que eu preciso escrever aqui: só anoitece às 10hs da noite!!! E viva os dias longos!
- Aqui há o costume de se jogar papéis, guardanapos, palitos ou o q quer que seja no chao dos bares e, pasmem: os mais sujos sao considerados os melhores, porque é sinal de que tem sempre gente; daí muitos deles nao varrem o chao durante todo um dia.
- Nos bares tipicamente espanhóis, nao se fica sentado. Sao apertados, poucas cadeiras e a ¨onda¨ é mesmo essa e ficar trocando de bar em bar a noite toda.
- Chopp aqui é Caña.
- Que delícia é pedir una clara no verao: Chopp com suco de limao ou com tonica. Eu gosto mais da primeira!
- Já ouviram falar na famosa Tortilla Española? Pois é, se vier dizendo no cardápio Tortilla de Patatas, estaremos falando dela (cuidado que em mts restaurantes, ela vem seca parecendo de dias atrás; mas quando nao, é muito gostosa!). Se vier escrito somente Tortilla ou Tortilla francesa, é simplesmente uma omelete sem graca, pela qual voce vai pagar caro! Caí algumas vezes nesta até aprender!
- As frutas aqui estragam com uma facilidade enorme! Juro pra vocês que eu nunca tinha visto banana estragar no Brasil... eu via ela ir amadurecendo aos poucos, no verão um pouco mais rápido e talz... mas aqui, as bananas estragam em 1 piscar de olhos! Estou quase desistindo de comprá-las! Compro sempre meio-verde, no dia seguinte uma pelo menos já tá com metade estragada, totalmente preta por dentro!! Desta vez tentei pôr na geladeira... melhorou um pouco! Mas odeio banana gelada! E as outras frutas também vào rápido, mas a banana...
- Os espanhóis tem bafo! Muito bafo! Acho que eles devem escovar os dentes uma vez ao dia, quando muito, duas! E nao importa se é jovem, velho, homem, mulher, pobre ou rico... Feliz eu fico quando converso com alguém que seja excecao e posso respirar em paz!
- A nocao de moda ficou toda com os italianos e nao sobrou nem 1 pouquinho para os espanhóis! Nao sei se era pior no verao ou no inverno. Uns tenis gigantes, com umas linguas enormes, em branco misturado com as cores mais fortes; um piercing estranho, na maioria das vezes, em cor negro, que fica entre o nariz e o lábio - pareceria menos estranho, se nao fosse tao moda - todos os jovens e até alguns adultos tem e parece um sinal grande no meio da cara!; já vi pessoas vestidas todas, eu digo TODAS de uma única cor super viva, como vermelho ou verde e quando digo toda é: sapato, calca, blusa, blazer, bolsa e, seguramente, que até a calcinha e o sutia!
- Sabe aquela moda que temos aí no inverno de pôr a calça (Iupi! achei a cedilha no teclado espanhol!) por dentro da bota? Pois é, aqui eles fazem isso no verao tb... por dentro das sandalias! Sabe quando a sandália amarra no tornozelo? pois é... elas prendem a calça ali, naquelas tiras do tornozelo, e aí fica aquele pedacinho de calça por debaixo da tira... ui! consegue ser ainda mais feio que com bota!
- Os espanhóis bonitos existem! Mas estão fora da Espanha, passeando pelas praias do Rio... heeeeehehe ou pelo menos, não estão em madrid, mas uma amiga já me disse que em Barcelona esta minha teoria não procede (isso depois de ela ter comprovado q em Madrid realmente eu estava certa).
- Sigo achando as coisas muito baratas em relaçao ao Brasil. Nao vao ser tao baratas pra um brasileiro que chegue aqui com seu salário em reais transformando pra euros; mas é muito mais fácil viver aqui!
- Nao sei se eu gosto mais dos impostos já embutidos nos precos do Brasil ou se eu prefiro aqui que, as vezes vc ve uma coisa, fica feliz com o preço, até que alguém te lembra que ainda tem que pôr o IVA em cima, que há menos de 1 mês ainda subiu do 16 ao 18%.
- Madrid é uma cidade grande e cansa, vc pede férias dela... viva os pequenos refúgios daqui: Retiro, Dehesa de la Villa e outros parques!
- Aqui os transportes também fazem greve, vide o metro que causou o caos 2 dias sem funcionar e duas semanas funcionando a 50%;
- Quando o metro funciona perfeitamente (sem greves), vc pensa ¨realmente, nao preciso de carro!¨ e viva o meio ambiente!
- O preconceito contra imigrantes existe sim, está muito forte, pois muitos espanhóis atribuem a crise a quantidade de latinos, indianos, chineses e outras nacionalidades que estao por aqui;
- Brasileiro é uma praga, tá mesmo em todo canto do mundo e eles se atraem. Só nao somos piores que os chineses.
- É muito dificil fazer amizades com espanhóis, sao mesmo muito fechados. É mais fácil virar amiga de todos os outros latinos que há por aqui se a intencao for praticar espanhol.
- O inverno é muito frio e o verao é ainda pior, quase me faz desejar de novo o inverno;
- Ai... isso eu já sabia, mas é uma dádiva tao grande do verao que eu preciso escrever aqui: só anoitece às 10hs da noite!!! E viva os dias longos!
- Aqui há o costume de se jogar papéis, guardanapos, palitos ou o q quer que seja no chao dos bares e, pasmem: os mais sujos sao considerados os melhores, porque é sinal de que tem sempre gente; daí muitos deles nao varrem o chao durante todo um dia.
- Nos bares tipicamente espanhóis, nao se fica sentado. Sao apertados, poucas cadeiras e a ¨onda¨ é mesmo essa e ficar trocando de bar em bar a noite toda.
- Chopp aqui é Caña.
- Que delícia é pedir una clara no verao: Chopp com suco de limao ou com tonica. Eu gosto mais da primeira!
- Já ouviram falar na famosa Tortilla Española? Pois é, se vier dizendo no cardápio Tortilla de Patatas, estaremos falando dela (cuidado que em mts restaurantes, ela vem seca parecendo de dias atrás; mas quando nao, é muito gostosa!). Se vier escrito somente Tortilla ou Tortilla francesa, é simplesmente uma omelete sem graca, pela qual voce vai pagar caro! Caí algumas vezes nesta até aprender!
- As frutas aqui estragam com uma facilidade enorme! Juro pra vocês que eu nunca tinha visto banana estragar no Brasil... eu via ela ir amadurecendo aos poucos, no verão um pouco mais rápido e talz... mas aqui, as bananas estragam em 1 piscar de olhos! Estou quase desistindo de comprá-las! Compro sempre meio-verde, no dia seguinte uma pelo menos já tá com metade estragada, totalmente preta por dentro!! Desta vez tentei pôr na geladeira... melhorou um pouco! Mas odeio banana gelada! E as outras frutas também vào rápido, mas a banana...
- Os espanhóis tem bafo! Muito bafo! Acho que eles devem escovar os dentes uma vez ao dia, quando muito, duas! E nao importa se é jovem, velho, homem, mulher, pobre ou rico... Feliz eu fico quando converso com alguém que seja excecao e posso respirar em paz!
- A nocao de moda ficou toda com os italianos e nao sobrou nem 1 pouquinho para os espanhóis! Nao sei se era pior no verao ou no inverno. Uns tenis gigantes, com umas linguas enormes, em branco misturado com as cores mais fortes; um piercing estranho, na maioria das vezes, em cor negro, que fica entre o nariz e o lábio - pareceria menos estranho, se nao fosse tao moda - todos os jovens e até alguns adultos tem e parece um sinal grande no meio da cara!; já vi pessoas vestidas todas, eu digo TODAS de uma única cor super viva, como vermelho ou verde e quando digo toda é: sapato, calca, blusa, blazer, bolsa e, seguramente, que até a calcinha e o sutia!
- Sabe aquela moda que temos aí no inverno de pôr a calça (Iupi! achei a cedilha no teclado espanhol!) por dentro da bota? Pois é, aqui eles fazem isso no verao tb... por dentro das sandalias! Sabe quando a sandália amarra no tornozelo? pois é... elas prendem a calça ali, naquelas tiras do tornozelo, e aí fica aquele pedacinho de calça por debaixo da tira... ui! consegue ser ainda mais feio que com bota!
- Os espanhóis bonitos existem! Mas estão fora da Espanha, passeando pelas praias do Rio... heeeeehehe ou pelo menos, não estão em madrid, mas uma amiga já me disse que em Barcelona esta minha teoria não procede (isso depois de ela ter comprovado q em Madrid realmente eu estava certa).
- Sigo achando as coisas muito baratas em relaçao ao Brasil. Nao vao ser tao baratas pra um brasileiro que chegue aqui com seu salário em reais transformando pra euros; mas é muito mais fácil viver aqui!
- Nao sei se eu gosto mais dos impostos já embutidos nos precos do Brasil ou se eu prefiro aqui que, as vezes vc ve uma coisa, fica feliz com o preço, até que alguém te lembra que ainda tem que pôr o IVA em cima, que há menos de 1 mês ainda subiu do 16 ao 18%.
- Madrid é uma cidade grande e cansa, vc pede férias dela... viva os pequenos refúgios daqui: Retiro, Dehesa de la Villa e outros parques!
- Comemoraçao por vitória de copa do mundo aqui, nao ficou devendo em nada a uma no Brasil! Nao participei de nenhuma, nem mesmo na final, porque ou estava trabalhandonos jogos ou tinha trabalhado tanto, tanto que nao queria fazer mais nada, só dormir!
- Os espanhóis respeitam o Brasil : NA COPA DO MUNDO! Era comum ouvir pelas ruas ¨Espanha e Brasil na final¨, claro, isso até sermos eliminados! Mas o melhor foi eles vindo falar comigo ¨Lamento pelo Brasil¨ e num tom de que lamentavam de verdade, sabe?! Nao falavam debochando, como qualquer um de nós, brasileiros, fariamos se fosse ao contrário ¨Haaahaha... lamento pela espanha! hahaa trouxa que nao joga bem!¨. Nao, gente, eles respeitavam e lamentaram de verdade! E quando a Espanha ganhou, os únicos que vieram me sacanear foram os outros imigrantes latinos, nenhum espanhol!
terça-feira, 29 de junho de 2010
Madril!!
Hoje, definitivamente, quase esqueci que estava na Espanha. Madrid nunca foi tão parecida com o Brasil.
Primeiro, saio para trabalhar às 15:30hs e... GREVE! Sim, greve do metro! Começou ontem, mas estava tranquilo, havia menos trens, mas funcionava. Hoje fui eu até a estação esperando a mesma coisa e recebo a notícia "hoje nao tem metrô!", "Como assim? Nenhum?", "Nenhum!". Daí fui eu descobrir como podia ir para o trabalho de ônibus...
Ônibus... novamente me lembra o Brasil. Associado a uma greve de metro e ao calor também brasileiro de 36 graus que fazia hoje, era um perfeito onibus brasileiro: cheio, quente e com pessoas de braço levantado suando e fedendo horrores... sem contar o congestionamento de carros que foi se formando.
Mas, ao final do dia, o lado bom que me lembrou o Brasil: a alegria nas ruas. Espanha ganhou Portugal, seu maior rival (como Brasil e Argentina) nos jogos da oitava de final, mas eu juro que cheguei a acreditar que havia sido a final da copa e que Espanha era campeã! Por causa da greve, voltei andando pra casa e, passava por uma das principais ruas de Madrid, Passeo de la Castellana (justo aonde fica o Santiago Bernabeu - praticamente no final da minha rua agora, que é transversal com a do Paseo). E as ruas, assim que terminou o jogo (exatamente quando estava no meio do caminho), super lotadas, homens, mulheres, adultos ou crianças todos de camisas e bandeiras da Espanha. Carros buzinando, milhares de vouvozelas (finalmente pude ouví-las por aqui!), pessoas cantando, os bares cheios, uma confusão! Mas, que confusão boa!!! Nossa... sentia saudade disso... era tanta gente alegre nas ruas que, quase fazia juz à uma final da copa do mundo no brasil, juro pra vcs!! Aliás, passado já quase duas horas do fim do jogo e ainda se pode ouvir algumas pessoas comemorando.
É... depois do dia brasileiro que tive hoje, assumo Espanha como meu segundo time para a copa do mundo, já que Portugal foi descartado mesmo... O próximo jogo vou assistir com minha companheira de piso que é espanhola e estará comemorando seu aniversário e mais um monte de imigrantes latinos e poucos espanhóis! =)
E viva a greve que continua amanhã!!!
Primeiro, saio para trabalhar às 15:30hs e... GREVE! Sim, greve do metro! Começou ontem, mas estava tranquilo, havia menos trens, mas funcionava. Hoje fui eu até a estação esperando a mesma coisa e recebo a notícia "hoje nao tem metrô!", "Como assim? Nenhum?", "Nenhum!". Daí fui eu descobrir como podia ir para o trabalho de ônibus...
Ônibus... novamente me lembra o Brasil. Associado a uma greve de metro e ao calor também brasileiro de 36 graus que fazia hoje, era um perfeito onibus brasileiro: cheio, quente e com pessoas de braço levantado suando e fedendo horrores... sem contar o congestionamento de carros que foi se formando.
Mas, ao final do dia, o lado bom que me lembrou o Brasil: a alegria nas ruas. Espanha ganhou Portugal, seu maior rival (como Brasil e Argentina) nos jogos da oitava de final, mas eu juro que cheguei a acreditar que havia sido a final da copa e que Espanha era campeã! Por causa da greve, voltei andando pra casa e, passava por uma das principais ruas de Madrid, Passeo de la Castellana (justo aonde fica o Santiago Bernabeu - praticamente no final da minha rua agora, que é transversal com a do Paseo). E as ruas, assim que terminou o jogo (exatamente quando estava no meio do caminho), super lotadas, homens, mulheres, adultos ou crianças todos de camisas e bandeiras da Espanha. Carros buzinando, milhares de vouvozelas (finalmente pude ouví-las por aqui!), pessoas cantando, os bares cheios, uma confusão! Mas, que confusão boa!!! Nossa... sentia saudade disso... era tanta gente alegre nas ruas que, quase fazia juz à uma final da copa do mundo no brasil, juro pra vcs!! Aliás, passado já quase duas horas do fim do jogo e ainda se pode ouvir algumas pessoas comemorando.
É... depois do dia brasileiro que tive hoje, assumo Espanha como meu segundo time para a copa do mundo, já que Portugal foi descartado mesmo... O próximo jogo vou assistir com minha companheira de piso que é espanhola e estará comemorando seu aniversário e mais um monte de imigrantes latinos e poucos espanhóis! =)
E viva a greve que continua amanhã!!!
domingo, 2 de maio de 2010
Preguiça
Hoje, definitivamente, foi o dia da preguiça... nao aquela preguiça de não fazer nada, de ficar em casa apenas, sentada no sofá, ouvindo música ou na internet. Sim, claro que esta preguiça também não faltou, mas não foi ela a principal ou a que mais incomodou.
Eu falo da preguiça futura, do que ainda está pra acontecer, esta mania de aquarianos de raciocinar demais e pensar sempre tanto em algo tão pra frente.
A preguiça da mudança... uiiii esta me cansa só no rápido pensamento! Juntar tudo de novo em malas, cinco vezes mais coisas agora, e preparar pra carregar tudo por metro. Quantas viagens vou precisar fazer?
Tem a preguiça do aborrecimento... Mancha antiga no chão do ape? Culpa nossa que nao foi! E a foto datada pra provar? Fraude??? Aiai, minha fianza...
E a preguiça do recomeçar? Nova casa, novos companheiros de piso, nova busca por espaço. Quem vai cozinhar comigo agora? Qual a programação da limpeza??? Ai... e eu tenho preguiça de limpar, mas de casa suja eu tenho ainda mais preguiça...
Tem aquela preguiça que eu sei que vai doer... Ai... já até sinto... largar tudo de novo no Brasil. 4 dias e já me preparo pra largar tudo de novo, família, amigos, meu quartinho, minha praia, minha Lapa, meu amor. Nossa... que preguiça dessa dor toda de novo! Coração nao resiste assim...
E a preguiça do recomeçar número 2...
UUUUiiiiiiiiiiii.... que preguiça que eu tô hoje!
Eu falo da preguiça futura, do que ainda está pra acontecer, esta mania de aquarianos de raciocinar demais e pensar sempre tanto em algo tão pra frente.
A preguiça da mudança... uiiii esta me cansa só no rápido pensamento! Juntar tudo de novo em malas, cinco vezes mais coisas agora, e preparar pra carregar tudo por metro. Quantas viagens vou precisar fazer?
Tem a preguiça do aborrecimento... Mancha antiga no chão do ape? Culpa nossa que nao foi! E a foto datada pra provar? Fraude??? Aiai, minha fianza...
E a preguiça do recomeçar? Nova casa, novos companheiros de piso, nova busca por espaço. Quem vai cozinhar comigo agora? Qual a programação da limpeza??? Ai... e eu tenho preguiça de limpar, mas de casa suja eu tenho ainda mais preguiça...
Tem aquela preguiça que eu sei que vai doer... Ai... já até sinto... largar tudo de novo no Brasil. 4 dias e já me preparo pra largar tudo de novo, família, amigos, meu quartinho, minha praia, minha Lapa, meu amor. Nossa... que preguiça dessa dor toda de novo! Coração nao resiste assim...
E a preguiça do recomeçar número 2...
UUUUiiiiiiiiiiii.... que preguiça que eu tô hoje!
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Tanta saudade não cabe em mim...
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda
sábado, 17 de abril de 2010
Cultura ou Solidão
É curioso o hábito de ler no metrô dos espanhóis. Há sempre milhares de pessoas com caras enfiadas em grossos livros; mesmo as pessoas que estão em pé, se equilibram para nao pararem de ler; às vezes, seguem assim até mesmo enquanto caminham para trocar de uma linha à outra.
Sao poucos os que lêem revistas ou jornais, mas há todos os tipos de livro! Outro dia me lembrei da Lai, porque havia um homem lendo "O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu" (livro que ela me deixou curiosíssima pra ler também. Quase fui pro lado do cara pra ir acompanhando com ele), gente lendo "Cien años de soledad", outros "Crepúsculo", "Harry Potter", livros de matemática, com histórias em quadrinhos, romances, comédias ou policiais. Há de tudo!
São cultos??? Sim, talvez...
Mas a impressao que dá é que, na verdade os livros são uma defesa, uma maneira de se proteger dos olhares perdidos no espaço pequeno de um vagão . A barreira que impede que alguém venha falar qualquer coisa contigo, mesmo que seja pra pedir só uma informação... As pessoas se isolam ali naquele mundo individual do seu livro de metrô.
Sao poucos os que lêem revistas ou jornais, mas há todos os tipos de livro! Outro dia me lembrei da Lai, porque havia um homem lendo "O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu" (livro que ela me deixou curiosíssima pra ler também. Quase fui pro lado do cara pra ir acompanhando com ele), gente lendo "Cien años de soledad", outros "Crepúsculo", "Harry Potter", livros de matemática, com histórias em quadrinhos, romances, comédias ou policiais. Há de tudo!
São cultos??? Sim, talvez...
Mas a impressao que dá é que, na verdade os livros são uma defesa, uma maneira de se proteger dos olhares perdidos no espaço pequeno de um vagão . A barreira que impede que alguém venha falar qualquer coisa contigo, mesmo que seja pra pedir só uma informação... As pessoas se isolam ali naquele mundo individual do seu livro de metrô.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Inspirada pela criaçao do blog da Alice e pelas milhares de mensagens de amigos reclamando que nao dou notícias há milênios, somado ao fato de que eu já tinha avisado que ia retomar o blog e, no entanto, a última postagem (única sobre Madrid) já foi há mais de 1 mês - volto a escrever hoje!!!! (bem, espero que este hoje do primeiro parágrafo venha a ser o mesmo hoje do último parágrafo!)
Começou a primavera!!! =D Milhares de cerejeiras com flores rosas e brancas enfeitam as ruas e parques madrileños, um sol que chega a 20º aquece as ruas, finalmente, você começa a pôr seus casacos, cachecóis e luvas lá no fundo do armário, pela primeira vez vc sai à rua sem precisar vestir algo de lã ou acrílico; seus dias ficam mais alegres junto com o calor que vem, vc chega sorrindo ao trabalho e... bem... tudo dura 1 ou 2 dias!!! Acho q o inverno resolveu voltar... Chuvas, o céu cinza e uma temperatura que despencou de um dia pro outro mais de 10ºC... aiai... Madrid...
Começou a primavera!!! =D Milhares de cerejeiras com flores rosas e brancas enfeitam as ruas e parques madrileños, um sol que chega a 20º aquece as ruas, finalmente, você começa a pôr seus casacos, cachecóis e luvas lá no fundo do armário, pela primeira vez vc sai à rua sem precisar vestir algo de lã ou acrílico; seus dias ficam mais alegres junto com o calor que vem, vc chega sorrindo ao trabalho e... bem... tudo dura 1 ou 2 dias!!! Acho q o inverno resolveu voltar... Chuvas, o céu cinza e uma temperatura que despencou de um dia pro outro mais de 10ºC... aiai... Madrid...
segunda-feira, 1 de março de 2010
Plaza Mayor em um raro domingo de céu claro, num inverno super rigoroso e nunca antes visto pelos próprios madrileños (ao menos, aqueles com quem falei).
Cidade lotada de turistas e de espanhóis que resolveram vir se esquentar um pouquinho sob este agradável sol; mas, claro, ainda vestidos com seus respectivos casacos e cachecóis.
Na principal praça da cidade, artistas de rua se apresentam, casais descansam abraçados, famílias inteiras passeam e amigos batem papo espalhados pelo chão do lugar.
Começo com a bizarra cabra que gargalha, depois vou ver as duas mesas de 3 assustadoras cabeças. O marinheiro pintando pequenos quadros de vidro. Aonde mais você também pode encontrar o homem invisível? E a bruxa do pesadelo de todas as crianças? Não vamos esquecer do homem de areia.
O homem-aranha, depois que ficou famoso, só permite fotos em troca de propina. E olha que agora ele nem está mais lá aquelas coisas... acho que andou comendo paella demais aqui em Madrid, precisam ver como ele engordou!
O engraçado médico, físico nuclear, cientista, mágico, malabarista e palhaço, arranca gargalhadas da platéia a cada número.
Uma gigante roda de adultos e crianças aplaude e pula ao som dos Mariachis; enquanto uma outra senhora, aparentemente com já seus 50 e tantos anos, mostra que não há idade para divertir-se e que, muito menos, deve-se se importar com o que os outros pensam: "Ridículos são vocês, que não se juntam pra dançar comigo!"
O grupo com as músicas animadas de antigamente, depois de se apresentarem sozinhos com seus baixos acústicos, sax e acordeões, resolve se juntar ao senhor que toca com baquetas um doce instrumento de cordas. Juntos, o jazz passa a dominar o ambiente. Interessante foi ver o pequeno menino boquiaberto admirando.
Um chinês pinta seus retratos na praça, junto com outros espanhóis a vender paisagens, D. Quijotes ou dançarinos de flamenco em versões clássicas, impressionistas, cubistas, surrealistas ou até totalmente abstratas.
O homem que faz bolonas de sabão foge do menino que, com sua espada, não o deixa espalhar cores pela praça.
O Mickey com a roupa de Tio Sam? Bem, este só atrai mesmo é uma rápida olhadela das crianças "Mama, mira el mickey!". Mas por este, nem mesmo a fotógrafa se interessou.
Numa calle próxima, emocionante o homem que com cordas dá música e vida, não só àquela boneca que toca o violino, com seu gatinho descansando ao lado, mas também a todos que estão ali assistindo. De encher os olhos de lágrima...
O sol se vai, a praça esvazia, poucos artistas já restam e eu me vou, depois de pôr o cachecol, preciso guardar a câmera e a caneta pra pôr minhas luvas, pois minhas mãos já congelam. Vou pra minha casinha tomar um café bem quente e esquentar meu coração no telefone com pessoas que amo. É isto que este inverno pede...
E assim, redescubro o meu amor por Madrid e me lembro porque estou aqui!
Cidade lotada de turistas e de espanhóis que resolveram vir se esquentar um pouquinho sob este agradável sol; mas, claro, ainda vestidos com seus respectivos casacos e cachecóis.
Na principal praça da cidade, artistas de rua se apresentam, casais descansam abraçados, famílias inteiras passeam e amigos batem papo espalhados pelo chão do lugar.
Começo com a bizarra cabra que gargalha, depois vou ver as duas mesas de 3 assustadoras cabeças. O marinheiro pintando pequenos quadros de vidro. Aonde mais você também pode encontrar o homem invisível? E a bruxa do pesadelo de todas as crianças? Não vamos esquecer do homem de areia.
O homem-aranha, depois que ficou famoso, só permite fotos em troca de propina. E olha que agora ele nem está mais lá aquelas coisas... acho que andou comendo paella demais aqui em Madrid, precisam ver como ele engordou!
O engraçado médico, físico nuclear, cientista, mágico, malabarista e palhaço, arranca gargalhadas da platéia a cada número.
Uma gigante roda de adultos e crianças aplaude e pula ao som dos Mariachis; enquanto uma outra senhora, aparentemente com já seus 50 e tantos anos, mostra que não há idade para divertir-se e que, muito menos, deve-se se importar com o que os outros pensam: "Ridículos são vocês, que não se juntam pra dançar comigo!"
O grupo com as músicas animadas de antigamente, depois de se apresentarem sozinhos com seus baixos acústicos, sax e acordeões, resolve se juntar ao senhor que toca com baquetas um doce instrumento de cordas. Juntos, o jazz passa a dominar o ambiente. Interessante foi ver o pequeno menino boquiaberto admirando.
Um chinês pinta seus retratos na praça, junto com outros espanhóis a vender paisagens, D. Quijotes ou dançarinos de flamenco em versões clássicas, impressionistas, cubistas, surrealistas ou até totalmente abstratas.
O homem que faz bolonas de sabão foge do menino que, com sua espada, não o deixa espalhar cores pela praça.
O Mickey com a roupa de Tio Sam? Bem, este só atrai mesmo é uma rápida olhadela das crianças "Mama, mira el mickey!". Mas por este, nem mesmo a fotógrafa se interessou.
Numa calle próxima, emocionante o homem que com cordas dá música e vida, não só àquela boneca que toca o violino, com seu gatinho descansando ao lado, mas também a todos que estão ali assistindo. De encher os olhos de lágrima...
O sol se vai, a praça esvazia, poucos artistas já restam e eu me vou, depois de pôr o cachecol, preciso guardar a câmera e a caneta pra pôr minhas luvas, pois minhas mãos já congelam. Vou pra minha casinha tomar um café bem quente e esquentar meu coração no telefone com pessoas que amo. É isto que este inverno pede...
E assim, redescubro o meu amor por Madrid e me lembro porque estou aqui!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Saímos da época das cartas nunca enviadas, para entrarmos na era dos emails eternamente rascunhados.
Há uns bons anos atrás, uma amiga me perguntou "Quem nunca escreveu uma carta que nunca enviou?". E eu respondi: "Ué, como assim? Eu!!! Por que?? vcs escrevem cartas e não enviam? que estranho... então por que escrevem?".
Em 2008, chegou a minha vez de compreender o que ela dizia. Uma carta de 7 páginas, eu acho, está mantida fechada em um envelope até hoje. Fico feliz por não tê-la enviado. Não, não era uma carta de amor, era de "desamor".
E foi só... minha única carta ali, guardada em uma caixa, com suas palavras de desamor, também muito bem guardadas ainda lá num cantinho dentro de mim...
Nunca mais, desde então, escrevi uma carta não enviada.
Agora, entrei na era dos e-mails! Afinal, eu demorei, mas tive que me modernizar...
Quantos e-mails ficarão ad aeternum lá do lado esquerdo, nos rascunhos? Quantos poemas ali estão dedicados ou, pelo menos, quantas vontades não somaram mais um número àquela pastinha?
Talvez a contagem só não seja tão grande, porque apagar ou clicar "não salvar" é mais fácil do que rasgar...
Há uns bons anos atrás, uma amiga me perguntou "Quem nunca escreveu uma carta que nunca enviou?". E eu respondi: "Ué, como assim? Eu!!! Por que?? vcs escrevem cartas e não enviam? que estranho... então por que escrevem?".
Em 2008, chegou a minha vez de compreender o que ela dizia. Uma carta de 7 páginas, eu acho, está mantida fechada em um envelope até hoje. Fico feliz por não tê-la enviado. Não, não era uma carta de amor, era de "desamor".
E foi só... minha única carta ali, guardada em uma caixa, com suas palavras de desamor, também muito bem guardadas ainda lá num cantinho dentro de mim...
Nunca mais, desde então, escrevi uma carta não enviada.
Agora, entrei na era dos e-mails! Afinal, eu demorei, mas tive que me modernizar...
Quantos e-mails ficarão ad aeternum lá do lado esquerdo, nos rascunhos? Quantos poemas ali estão dedicados ou, pelo menos, quantas vontades não somaram mais um número àquela pastinha?
Talvez a contagem só não seja tão grande, porque apagar ou clicar "não salvar" é mais fácil do que rasgar...
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